E depois de todos os papéis e de todas as memórias, ainda antes do infante tragado, que esse faz-se esperar com a ansiedade própria de qualquer descoberta, o pincel arriscando a cor incerta, o vestir de novo as madeiras, o reciclar, mas mais que isso, esta pacifica certeza, ao desbravar novas cores e novos céus, em cobaltos domesticados, roxos discretos de quem se fez de luto, a prata que se inventa quente, a da casa e a da lua, do marejar e das lantejoulas perdidas.
Missangas fugidias a quem o tempo roubará o brilho.
Ou a solidão.
Uma outra cousa qualquer, a que ainda não sei dar o nome.
E saber que quando tal suceder, bastará subir a rua e procurar uma nova tinta, na loja da esquina.
Como se a vida fosse apenas uma tela sedenta de cor.
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4 comentários:
E é, Marginal, e é. :))
Um abraço.
E é quase!
´Tu tens a chance nas tuas mãos agora.
pinta
pinta-a
pinta-te
abraço ao asfalto de Sagres
beijo
E é quase!
´Tu tens a chance nas tuas mãos agora.
pinta
pinta-a
pinta-te
abraço ao asfalto de Sagres
beijo
Marginal,
A escolher a cor da vida...
Não é preciso acertar, podes sempre pintar por cima até encontrares a tua cor.
Mas dá muito trabalho e o cansaço às vezes é demais.
Vale a pena pintar de novo:)))
Beijos
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