segunda-feira, 16 de junho de 2008

E depois de todos os papéis e de todas as memórias, ainda antes do infante tragado, que esse faz-se esperar com a ansiedade própria de qualquer descoberta, o pincel arriscando a cor incerta, o vestir de novo as madeiras, o reciclar, mas mais que isso, esta pacifica certeza, ao desbravar novas cores e novos céus, em cobaltos domesticados, roxos discretos de quem se fez de luto, a prata que se inventa quente, a da casa e a da lua, do marejar e das lantejoulas perdidas.

Missangas fugidias a quem o tempo roubará o brilho.


Ou a solidão.


Uma outra cousa qualquer, a que ainda não sei dar o nome.



E saber que quando tal suceder, bastará subir a rua e procurar uma nova tinta, na loja da esquina.



Como se a vida fosse apenas uma tela sedenta de cor.

4 comentários:

Alien8 disse...

E é, Marginal, e é. :))

Um abraço.

Eme disse...

E é quase!
´Tu tens a chance nas tuas mãos agora.
pinta
pinta-a
pinta-te

abraço ao asfalto de Sagres

beijo

Eme disse...

E é quase!
´Tu tens a chance nas tuas mãos agora.
pinta
pinta-a
pinta-te

abraço ao asfalto de Sagres

beijo

Lola disse...

Marginal,

A escolher a cor da vida...

Não é preciso acertar, podes sempre pintar por cima até encontrares a tua cor.

Mas dá muito trabalho e o cansaço às vezes é demais.

Vale a pena pintar de novo:)))

Beijos