efectivamente é assim.
nunca se consegue fintar o destino nem o irremediável.
sei o que sempre soube e por muito que me tivesse esforçado a aprender mais,
a inventar novas teorias,novos caminhos,
eles sempre me trouxeram de volta a mim.
sou destino e cais de chegada
enseada rochosa
estofo de maré
cansada.
efectivamente é assim.
e por muitas contas que faça aos metros quadrados
das minhas viagens
sei que é a este quarto ja minguante
que regressarei.
E por muitas janelas que arquitecte
na tentativa de um romance com o sol
por muitas portas
que desenhe
na esperança dos encontros com a lua
é sempre as estas quatro paredes
que regressarei.
poderei recriar os olhos
em plantas hipotéticas a 3D,
usar tintas de cores nunca vistas
matérias nobres e móveis de chill out spirit,
num mixt de nostalgia e evasao
mas é a este corpo que regressarei
e será sempre no vão de escada dos meus pensamentos
que farei a escritura dos meus dias.
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5 comentários:
a familiaridade dos verbos enre nós continua a ser espantosa. das pedras à estrada. dos locais à serenidade. da inevitabilidade do Fado destino irremediável a quem podemos apenas regular um botão, o da escolha dos sentidos [dos caminhos e das coisas]
e nada mais.
ou tudo.
Beijo para ti
efectivamente estás cada vez mais poética e mais bonita. pressinto dias bons no futuro. muito bons ;)
beijinho grande. que saudades!
... nem o Levezinho (vá lá para que não me chamem faccioso) nem o Rui Costa conseguem fintar o destino. Treinaram que se fartaram mas... nikles.
Quero entender o teu desencanto (será este o substantivo apropriado?) pelo facto de não teres encontrado uma (ou mais) viagem sem fim. Mas não existem agências que as queiram promover. Não são lucrativas e confundem-se com uma "outra viagem" pouco simpática e que o pessoal foge desse destino a sete pés...
Depois, quer-me parecer que deves ter algum cuidado com os romances (embora inviáveis) que arquitectas: com o Sol?! para ficares toda queimadinha??
Se eu fosse bruxo já tinha montado consultório. Assim, escusas de gastar dinheiro em drops.
Beijinhos e sorrisos.
Marginal,
Efectivamente, é mesmo assim!
Efectivamente, adorei ler-te aqui.
Efectivamente, quais minguante!? É crescente, sempre crescente :)))
Efectivamente, não há como fugir ao regresso a nós. Nem às erratas: Saíu-te um s a mais na linha "É sempre a estas quatro paredes". Não que isso importe, mas estou certo de que não quiseste lá pô-lo, por isso me atrevo a dizer-to.
Belo título, o deste blog!
Boa semana e um beijo!
Marginal,
Voltamos sempre ao porto seguro da nossa intimidade.
E voltamos enriquecidos pelo amor e desamor das nossas viagens
E voltaremos a partir confiantes para outro sonho ou engano...
:)))Beijos grandes
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