E é deste subterranico e de chão profundo que escreves,
deste rio antigo e resignado ao vento
que percorres o leito
e é dessa escrita d'água que te gravas.
Visto-te das paredes de papel das casas arquivadas na pasta dos anos e
lambes o papel encerrando a lacre
a quitação dos anos.
São sete os teus profanáveis anos para os sete rios que em mim transbordam
no rumo das paredes de papel.
Das casas de liso papel descreverás murmurantes memórias afundadas
que percorres o leito
e é dessa escrita d'água que te gravas.
Visto-te das paredes de papel das casas arquivadas na pasta dos anos e
lambes o papel encerrando a lacre
a quitação dos anos.
São sete os teus profanáveis anos para os sete rios que em mim transbordam
no rumo das paredes de papel.
Das casas de liso papel descreverás murmurantes memórias afundadas
em mim, rio.
descreverás tempo e em fim de rota, eu te descreverei juizo. final.
E os sete rios
lavarão
as quatro casas de papel
construídas em represa sagrada.
descreverás tempo e em fim de rota, eu te descreverei juizo. final.
E os sete rios
lavarão
as quatro casas de papel
construídas em represa sagrada.
És gruta intemporal de um karma cumprido.
E o rio, este, denso e subterranico de onde escreves,
nas suas águas silenciosas,
guarda o alicerce de ferro que sobrevive à corrente da morte.
São sete os rios que te celebram
E o rio, este, denso e subterranico de onde escreves,
nas suas águas silenciosas,
guarda o alicerce de ferro que sobrevive à corrente da morte.
São sete os rios que te celebram
em naufragio de papel.
Já não tens senda que te contenha.